Coinbase: o que é e como está evoluindo
Você que já se aventurou pelo mundo das criptomoedas – ou pelo menos é um curioso do assunto – já deve ter ouvido falar na Coinbase ($COIN). A plataforma norte-americana é uma das líderes globais em negociação de criptoativos.
As "criptos" são moedas digitais, sem um banco central por trás, criadas em uma rede blockchain. A mais famosa é a bitcoin, mas hoje já são milhares delas. E novas não param de surgir a cada dia.
Cotação de criptomoedas na plataforma Coinbase no dia 24/11/2021 História e números da Coinbase
A Coinbase foi fundada em 2012, meses depois do cofundador Brian Armstrong ter lido o famoso documento de Satoshi Nakamoto, pseudônimo para o misterioso criador da bitcoin. A corretora então nasceu com a missão de permitir que o usuário conseguisse comprar e vender esse ativo de forma simples e segura.
Hoje, já são dezenas de criptos negociadas na plataforma.
Os números impressionam: mais de 73 milhões de usuários verificados, em mais de 100 países, que só no último trimestre negociaram US$ 327 bilhões na plataforma.
Não à toa, o IPO da Coinbase, em abril desse ano, resultou em sucesso absoluto. Foi a primeira empresa nativa de criptomoedas a abrir capital e chegou chegando: foi avaliada em quase US$ 100 bilhões ao listar suas ações na Nasdaq, a bolsa americana queridinha das empresas de tecnologia.
Coinbase e regulação de criptos
Para alcançar esse sucesso, o cofundador e bilionário Armstrong teve de se afastar do espírito antibancário e sem regulações centralizadas, que consistia na premissa do bitcoin. A Coinbase passou a vasculhar transações procurando lavagem de dinheiro e apoia uma nova regra bem polêmica que determina a criação de uma espécie de trilha quando os clientes transferem moedas de uma corretora para outra.
No mês passado, inclusive, a empresa propôs um novo órgão regulador federal para ativos digitais. Esse posicionamento gerou muitas críticas de outras corretoras, como a Robinhood, que também estreou na Nasdaq este ano.
A aposta da Coinbase em NFTs
Agora, a empresa está apostando em novos horizontes – dessa vez, ativos ainda mais abstratos do que as criptomoedas (acredite se quiser!).
Recentemente, a Coinbase anunciou já para os próximos meses o lançamento de uma plataforma de NFTs, sigla para non-fungible tokens, tokens não fungíveis. São uma espécie de comprovante digital para provar a autenticidade de algo, seja um objeto, uma obra de arte, uma cena ou até... um meme!
Meme vendido como NFT por "apenas" 470 milhões de dólares. Fonte: Divulgação Um meme famoso que virou NFT é a “Menina do Incêndio”, conhecida nas redes como “Disaster Girl”.
Temos certeza de que essa imagem já passou pelo seu scroll. O que era só um meme, uma piada na internet, acabou rendendo muita grana para a sua criadora, Zoe Roth, hoje com 21 anos.
A foto foi tirada pelo pai dela, em 2005. Como NFT, foi vendida por cerca de US$ 470 milhões. Na verdade, o NFT não foi vendido em dólares, mas sim em uma cripto – a Ethereum. Com essa “certificação digital”, também feita em uma rede blockchain, a cada vez que esse NFT é vendido, a Zoe recebe 10% do valor da transação.
E é nesse universo – que vai de obras de arte a bizarrices da internet – que a Coinbase vai mergulhar daqui para frente. 24 horas depois do anúncio da nova plataforma de NFTs, já eram quase um milhão e meio de pré-cadastros de usuários.
Na divulgação do balanço do terceiro trimestre, na semana passada, a Coinbase disse que espera que os negócios com NFTs se tornem ainda maiores do que os negócios com criptoativos. As apostas estão altas. As suas também?