Neste artigo:

- O que são ações;

- O que são bonds;

- As principais diferenças entre ações e renda fixa;

- ETFs de renda fixa.

O mercado de investimentos é amplo e vai muito além do conceito ultrapassado de juntar dinheiro na poupança. Para o investidor mais arrojado ao mais conservador, o que não faltam são opções para fazer o dinheiro render independentemente do perfil de risco. No mercado dos Estados Unidos isso não é diferente.

Por mais que o mercado de renda variável, ou seja, ações, seja infinitamente maior nos Estados Unidos do que no Brasil – a NYSE (New York Stock Exchange, a bolsa de valores de Nova York) e a Nasdaq são as bolsas com o maior Market Cap no mundo – há oportunidades de investimento fora do mundo das ações.

Ao longo deste artigo, vamos falar sobre ações e sobre os bonds – como são chamados os títulos de renda fixa do mercado internacional.

O que são ações

O mercado de ações é muito forte nos Estados Unidos. Embora a NYSE e a Nasdaq não sejam as bolsas de valores com mais títulos listados para negociação – a maior bolsa de valores do mundo neste quesito é a bolsa de Tóquio, no Japão – a dupla norte-americana vence de lavada no quesito Market Cap. Mas você sabe, mesmo, o que são ações?

"Ação", basicamente, é uma fração de uma companhia. Imagine que uma empresa é uma pizza em que cada fatia equivale a uma ação. Só que, em vez de dividir a pizza nos tradicionais oito pedaços, a divisão ocorre por milhares – em alguns casos, até em milhões – de pedaços. A Apple ($AAPL), por exemplo, tem cerca de 15 milhões de ações em circulação, de acordo com informações da companhia divulgadas na Nasdaq.

Existem empresas que fazem o chamado desdobramento de ações – stock split, em inglês. Isso significa que a companhia vai dividir as ações já existentes em duas ou mais partes. Utilizando o mesmo exemplo da pizza, é como se a empresa dividisse as fatias atuais em pedaços ainda menores. O dinheiro alocado pelo investidor permanece. O que acontece, na prática, é que ele passa a ser dono de mais fatias.

O importante é que o investidor possa, dentro das possibilidades financeiras, ser dono de quantas ações conseguir. No mercado norte-americano, inclusive, é possível até mesmo comprar frações de uma ação. Essa, aliás, é uma das principais diferenças entre o mercado de ações norte-americano para o mercado brasileiro.

Existem alguns tipos de ações disponíveis no mercado norte-americano: as ações de empresas, os REITs – que se equivalem aos fundos imobiliários do mercado brasileiro – e os ETFs – um ativo que funciona como uma espécie de "pacote", que tem um objetivo específico: seja replicar um índice ou acompanhar o desempenho de ativos, como bitcoin, ouro etc.

O que são bonds

Se as ações são chamadas de renda variável pelo fato de o preço variar em tempo real, os bonds vão no caminho inverso. "Bond" é o termo genérico para o título de renda fixa emitido no exterior, ou seja, fora do Brasil. O mais conhecido é o U.S. Treasury bonds – o título emitido pelo Tesouro norte-americano.

Diferentemente da renda variável, em que o preço do ativo é regido pelo mercado, a renda fixa trabalha com valores e datas definidas. Normalmente, o investidor vai retirar o dinheiro que investiu dentro de um determinado prazo de vencimento com juros. Independentemente do que acontecer no mercado, o investidor receberá aquilo que foi acordado no momento da transação. Por isso, os bonds são chamados de "renda fixa".

Da mesma forma que títulos disponibilizados no mercado brasileiro, existem bonds americanos que trabalham atrelados à taxa de juros, conhecidos como pós-fixados. Os que remuneram o investidor com uma porcentagem previamente determinada são conhecidos como pré-fixados.

Diferenças entre ações x bonds

As principais diferenças entre ações e títulos de renda fixa estão no risco e na possibilidade de retorno. Embora existam milhares de opções – juntas, NYSE e Nasdaq disponibilizam mais de 6.200 empresas para negociação –, disponíveis no mercado de renda variável, é importante saber que o risco envolvido em compra e venda de ações é muito maior do que com bonds.

Por outro lado, o maior risco entrega também a possibilidade maior de retorno financeiro. Tudo depende da estratégia adotada pelo investidor. E nada impede de que as duas modalidades de investimento caminhem juntas na mesma carteira.

O meio-termo: ETFs de renda fixa

Existe uma espécie de meio-termo entre ações e bonds: o ETF de renda fixa. ETF é a sigla para Exchange Traded Funds (fundo negociado em bolsa, em português). Trata-se, na prática, de um ativo que funciona como uma espécie de "pacote", que tem um objetivo específico: seja replicar um índice – como acontece com ETFs que seguem o S&P 500 ou o Nasdaq 100 –, seja acompanhar o desempenho de ativos, com bitcoin, ouro etc.

No caso dos ETFs de renda fixa, esses ativos possuem uma carteira de títulos. Como são negociados na bolsa de valores, a liquidez é alta. Por isso, vale a pena considerar esse formato a depender da estratégia.