Wall Street fecha agosto entre recordes, cautela e sinais do Fed

Movimentos dos índices
A última semana de agosto terminou com resultados mistos em Nova York. Após atingir novos máximos históricos impulsionados pelos lucros corporativos e pelas expectativas de cortes de juros, os principais índices recuaram nas sessões finais:
O Dow Jones caiu 0,2% na semana, encerrando em 45.544,88 pontos.
O S&P 500 recuou 0,6% na sexta-feira, fechando em 6.460,26 pontos, mas acumulou alta de 1,9% no mês.
O Nasdaq Composite perdeu 1,2% na sexta e terminou a semana com queda de cerca de 0,2%.
Esse desempenho reflete uma realização de lucros após um rali sustentado pela expectativa de que o Federal Reserve possa iniciar em breve um ciclo de afrouxamento monetário.
Política monetária e expectativas
O foco voltou a ser o Fed. A maioria do mercado espera que em setembro ocorra o primeiro corte de juros em mais de um ano, com apostas divididas entre uma redução de 25 ou 50 pontos-base.
Bancos como Morgan Stanley e BNP Paribas projetam uma trajetória de cortes até 2026, levando a taxa básica para a faixa de 2,75%–3,00%. No entanto, a inflação subjacente em 2,9% mantém dúvidas sobre o espaço do Fed para reduzir de forma agressiva.
Além disso, tentativas de interferência política levantaram preocupações sobre a independência do banco central, aumentando a volatilidade da semana.
Resultados corporativos e setores em destaque
A Nvidia voltou a ser protagonista ao reportar um crescimento de 56% nas receitas, impulsionando o rali da inteligência artificial e levando o S&P 500 e o Dow a novos recordes em 28 de agosto.
No entanto, no dia seguinte o mercado inverteu a tendência, pressionado pelas quedas de Dell, Marvell, Oracle e até mesmo da própria Nvidia.
O setor de consumo mostrou fraqueza diante de dados de confiança mais fracos, enquanto energia e industriais se mantiveram firmes com o otimismo em relação a cortes de juros.
Dados macroeconômicos e perspectivas
O índice PCE, métrica de inflação preferida do Fed, permaneceu em 2,6% no acumulado de 12 meses, mas o núcleo voltou a subir. Dados de confiança e de gastos do consumidor também indicaram um desaquecimento moderado da economia, reforçando a visão de que a política monetária já está surtindo efeito.
Em setembro, o relatório de emprego será decisivo para confirmar se o Fed dará início aos cortes de juros — e em que magnitude.
Conclusão
Agosto foi um mês de contrastes: Wall Street registrou recordes históricos com o impulso da inteligência artificial e a esperança de juros mais baixos, mas encerrou com um movimento de cautela à espera de novos dados econômicos. O mercado segue dividido entre otimismo e prudência, com todos os olhos voltados para o próximo passo do Fed.
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Fontes: Bloomberg, Reuters Energy, CNBC Markets, ISM Manufacturing Report