Colapsos bancários: diversificar investimentos é uma boa forma de proteção? Descubra

O colapso no setor bancário dos Estados Unidos ainda dá o que falar. Veja como proteger seus investimentos e não passar perrengue.
Wall Street - Buildings

Neste artigo:

- O cenário bancário nos Estados Unidos;

- Diversificar investimentos: vantagens e desvantagens.


O mês de março de 2023 foi agitado no mercado financeiro dos Estados Unidos e da Europa. Quatro bancos, sendo três norte-americanos (Silicon Valley Bank, Signature Bank, First Republic Bank) e um europeu (Credit Suisse) declararam falência, em um verdadeiro colapso bancário.

Para os clientes dessas instituições, certamente o período foi tenso. Afinal, a pergunta inevitável é: o que vai acontecer com o meu dinheiro em um cenário como este?

No artigo de hoje, a Sproutfi vai falar sobre prós e contras de uma estratégia que é muito recomendada para qualquer investidor, seja ele um iniciante ou alguém experiente: a diversificação.

Continue com a gente para saber mais.

Diversificar investimentos: prós e contras

Em um cenário de incerteza financeira – como o que ocorreu em março de 2023 nos Estados Unidos e na Europa –, uma das palavras que mais aparecem relacionadas a assuntos econômicos é "diversificação". Afinal, mesmo quem não investe regularmente já deve ter ouvido falar na máxima de que "não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta".

Mas… será que isso realmente é bom? A resposta mais exata é: depende.

Em casos onde há o chamado risco não sistemático – fator de risco no mercado financeiro que não está atrelado a condições gerais de mercado, desastres naturais, entre outras causas que não há possibilidade previsão e controle –, a diversificação pode fazer com que prejuízos sejam minimizados.

Isso porque como o cenário de risco não sistemático tende a afetar um setor ou empresa em específico, diversificar os aportes financeiros minimiza os riscos.

Vamos utilizar como exemplo o setor bancário. A quebra de instituições como Silicon Valley Bank, Signature Bank, First Republic Bank afetou os bancos de forma geral. O setor financeiro como um todo ($XLF) apresentou queda de -3,95% em 13 de março, três dias depois da quebra do SVB e um dia depois de o Signature encerrar as atividades.

Mas e se eu não diversificar?

Se a diversificação pode ser um caminho para minimizar perdas em um cenário de crise específica, há algo que deve ser levado em conta para quem deseja aplicar essa estratégia na carteira.

Diluindo os aportes em diversos setores e companhias pode, sim, reduzir riscos. Mas, também, pode fazer com que o lucro seja menor.

Vamos pensar em dois investidores: João e Carlos. João tem uma carteira diversificada, com 20 empresas; Carlos, por sua vez, concentrou todas as suas aplicações em um único ativo. Ambos têm o mesmo montante total investido.

Em um determinado mês, a empresa da carteira de Carlos apresentou retorno de 8%. Esta mesma companhia faz parte do portfólio de João; no entanto, as demais aplicações de João tiveram retornos negativos. Ou seja: a diversificação, neste período específico, foi prejudicial a João e o fato de Carlos não ter diversificado os aportes fez com que ele tivesse lucro maior do que o colega.

O que aconteceu com os bancos em março de 2023

Tudo começou com a quebra do Silicon Valley Bank. A instituição anunciou falência em 10 de março de 2023. Financiava operações financeiras de empresas de tecnologia e era a 16ª maior instituição bancária dos Estados Unidos – somava mais de US$209 bilhões em ativos.

Dois dias depois do fechamento do SVB, em 12 de março de 2023, foi a vez de outro banco ser fechado: o Signature Bank. A instituição surgiu em Nova York, em 2001, e detinha cerca de US$118 bilhões em ativos.

O último dos bancos americanos a fechar as portas foi o First Republic Bank. O banco da Califórnia faliu em 1º de maio de 2023, colocando ponto final em uma história iniciada em 1985. A instituição detinha US$229 bilhões em ativos.

Na Europa, quem teve problemas foi o Credit Suisse ($CS). O banco suíço foi salvo da falência graças a um acordo com o rival UBS ($UBS). Em 19 de março de 2023, foi divulgado que o UBS comprou o Credit Suisse por US$ 3,25 bilhões.

*Este é um exemplo ilustrativo e não representa uma recomendação de investimento.