Wall Street começa julho com força: emprego sólido e recordes históricos

Mercados dos EUA batem recordes, mas incerteza comercial paira. Hora de celebrar ou ficar em alerta? Descubra o que impulsionou o rali e quais nuvens estão no horizonte para seus investimentos.
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A segunda metade do ano começou com força para os mercados financeiros dos Estados Unidos. Em uma semana mais curta devido ao feriado de 4 de julho, os principais índices retomaram sua trajetória de alta e alcançaram novos recordes históricos, impulsionados por dados sólidos de emprego, otimismo contínuo no setor de tecnologia e uma rotação saudável para outros setores.

No entanto, nem tudo foi motivo de comemoração: as tensões comerciais voltaram ao radar com o anúncio de novas tarifas por parte do ex-presidente Donald Trump, e o mercado se prepara para uma segunda metade do ano em que a política internacional pode voltar ao centro das atenções.

Novos recordes: o rali continua vivo

O S&P 500 e o Nasdaq atingiram novos recordes esta semana. O S&P subiu 1,7%, o Nasdaq 1,6% e o Dow Jones liderou com um ganho de 2,3%, ficando perto do seu recorde histórico. O índice Russell 2000, que acompanha empresas de menor capitalização, avançou 3,6%, mostrando que o otimismo está se espalhando além das grandes empresas de tecnologia.

O setor de tecnologia continua liderando, com empresas como Nvidia, Datadog, Cadence e Synopsys entre os maiores destaques. A Nvidia está se aproximando de US$ 4 trilhões em valor de mercado, e a Datadog comemorou sua entrada no S&P 500 com uma alta de quase 15%. A narrativa da inteligência artificial e a demanda por software continuam impulsionando o Nasdaq.

Mercado de trabalho forte, otimismo moderado

Um dos principais motores do rali foi o relatório de empregos de junho. A economia dos EUA criou 147 mil novos postos de trabalho, superando as expectativas, com a taxa de desemprego estável em 4,1%. Esses números reforçam a resiliência da economia, sem sinais claros de recessão.

No entanto, essa força pode adiar o tão esperado corte de juros em setembro. Embora os contratos futuros ainda apontem alta probabilidade de um corte, os dados robustos do mercado de trabalho podem fazer com que o Fed espere mais um pouco antes de agir.

Rali mais amplo: rotação setorial em andamento

Uma mudança importante nesta semana foi o rali mais amplo. Diferente das semanas anteriores, em que as big techs lideraram sozinhas, desta vez setores cíclicos como energia, materiais e financeiros também mostraram desempenho forte.

Isso indica uma confiança crescente na recuperação econômica como um todo, afastando, por ora, os temores de uma bolha concentrada em poucas empresas. O índice Russell 2000 finalmente entrou em território positivo no ano, refletindo esse movimento mais amplo.

Tarifas no radar: incertezas comerciais retornam

Apesar do sentimento positivo, nuvens começam a se formar. Donald Trump anunciou um novo pacote de tarifas comerciais que entraria em vigor em agosto, reacendendo o temor de uma guerra comercial — especialmente se as medidas atingirem países do BRICS ou setores sensíveis como tecnologia e bens de consumo.

Analistas alertam que isso pode gerar volatilidade nas próximas semanas, com investidores atentos a possíveis retaliações por parte dos parceiros comerciais dos EUA.

Em resumo:

  • S&P 500 +1,7% | Nasdaq +1,6% | ambos em máximas históricas

  • Dow Jones +2,3% | Russell 2000 +3,6%

  • 147 mil empregos criados | desemprego em 4,1%

  • Grandes ganhos de Nvidia, Datadog e Synopsys

  • Rali mais amplo com força nos setores cíclicos

  • Novas tarifas podem gerar incertezas

O que acompanhar na próxima semana:

  1. Desdobramentos sobre as tarifas anunciadas por Trump e possíveis reações internacionais

  2. Novos dados de inflação e consumo nos EUA

  3. Início da temporada de balanços do 2º trimestre, com destaque para bancos e empresas de tecnologia


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Fontes: Bloomberg, Reuters Energy, CNBC Markets, ISM Manufacturing Report