Duração média e intervalos de 3 anos: veja dados sobre o Bear Market

Neste artigo:
- Duração média do Bear Market;
- Intervalos entre os períodos de Bear Market;
- Perdas x ganhos médios ao longo do tempo.
O Bear Market é uma situação incômoda para os investidores. Afinal, dificilmente um período em que o valor dos ativos sofre baixas constantes pode deixar alguém feliz. Porém, este artigo vai provar que há, sim, razões para se manter esperançoso em relação a essa fase – que, muitas vezes, parece interminável.
Neste artigo, vamos mostrar alguns dados sobre o Bear Market que podem trazer uma dose de tranquilidade ao investidor.
Confira:
Primeiramente: o que é Bear Market
Entender o que é o Bear Market e o que define este período é fundamental para que as coisas façam sentido. A definição mais comum de Bear Market é uma queda de 20% nos principais indicadores do mercado após um ciclo de alta.
E por que o nome desse fenômeno é Bear Market (mercado de urso, em tradução livre)? Como muitas coisas no mercado financeiro norte-americano, os animais são usados como figuras de linguagem para situações nas bolsas de valores americanas.
O urso, que represeta o momento de Bear Market, é utilizado para ilustrar quando os mercados estão em baixa. Mas… por que o urso? Não há uma razão comprovada, mas especula-se que seja do fato de o urso, na natureza, sempre atacar de cima para baixo. Ou seja: o movimento que o urso faz seria uma metáfora ao movimento de queda do mercado financeiro.
E quando ocorre alta no mercado? Nesse caso, o animal é o touro e o jargão deste movimento nas bolsas de valores é Bull Market (mercado de touro) já que o touro ataca de baixo para cima.
Duração média do Bear Market
Até pelo nome e pela natureza do que representa, o Bear Market pode ser um pouco assustador, sobretudo para o investidor iniciante. Isso porque uma queda no valor dos ativos não costuma ser visto com bons olhos – e é neste momento que muitas pessoas ficam com medo e se desfazem da carteira.
Mas, embora não pareça, não há razão para pânico. Por um motivo muito simples: não há Bear Market que dure para sempre. Embora os ciclos de alta tenham fim, o mesmo se aplica aos ciclos de baixa.
Levantameto da Ned Davis Research de dezembro de 2021 revela que, entre 1929 e 2020, o fenômeno do Bear Market ocorreu 26 vezes – o índice utilizado para comparação foi o S&P 500. No geral, os preços caíram 35,6%. E a duração do Bear Market em média foi de 289 dias, pouco mais de nove meses.
No mesmo período de tempo, houve 27 tendências de alta, o chamado Bull Market. E o ciclo de alta é, em média, mais longo que o de quedas. A estimativa é que o período de crescimento das ações seja de 991 dias – 2,7 anos.
Além disso, o calendário dá mostras de que há motivos para ficar otimista, mesmo em períodos de Bear Market. Entre 1929 e 1942 – último ano de baixa antes do fim da Segunda Guerra Mundial –, as ações entraram em ciclo de renda em 12 ocasiões, uma média de um Bear Market a cada 1,4 ano. A partir de 1945, ano em que a Segunda Guerra terminou, as quedas ocorreram 14 vezes, com média de intervalo de 5,4 anos entre cada ciclo.
Perdas e ganhos ao longo do tempo
Se até aqui vcoê ainda não se convenceu de que o Bear Market não é eterno, o argumento do retorno financeiro pode ser o que falta para que você cogite se arriscar no ciclo de baixa.
Em média, a desvalorização dos ativos nos períodos de queda gira em termo de 36%. Por outro lado, a valorização das ações em momentos de alta é bem mais agressiva: 114%. Vale lembrar que, como já abordamos anteriormente, o período em de Bull Market é, geralmente, mais longo do que o momento de queda.
Uma vantagem do Bear Market é que, como o preço das ações está em queda, o investidor tem uma boa oportunidade de balancear o preço médio dos ativos na carteira.