Onde investir quando a inflação está alta

Entenda como as variações de mercado impactam a sua carteira e como lidar com elas.
NASDAQ

Períodos de inflação alta sempre existiram e sempre vão existir. Mas em tempos assim, o investidor pode ficar na dúvida de onde investir o seu dinheiro. Por isso, é importante saber quais setores listados no S&P 500 são mais resistentes às turbulências da economia.

O que é a inflação?

A inflação é a alta generalizada nos preços de produtos e serviços.

Normalmente, esse fenômeno ocorre porque há uma demanda maior do que a oferta, ou seja, existem mais pessoas querendo comprar algum item do que o mercado tem à disposição para vender.

Além disso, com a alta dos preços a fabricação dos produtos também fica mais cara, já que as matérias-primas encarecem, o que também eleva o valor do produto final.

Outro problema da inflação é que ela diminui o poder de compra das pessoas, isso porque nem sempre os consumidores conseguem pagar um preço mais alto por determinado bem.  

Por isso, a inflação é muito danosa à economia. Sendo assim, é importante saber quais são os melhores setores para investir em tempos de alta dos preços, para que o seu dinheiro fique mais protegido.

Dessa forma, é preciso analisar quais setores da bolsa são mais resistentes a períodos de inflação alta. Por isso, é importante avaliar bem as empresas listadas no ara conseguir determinar quais setores e quais companhias têm mais chances de terem um resultado positivo durante esse período.

O que é S&P 500?

O principal índice do mercado de capitais americano é o S&P 500. Esse índice acompanha o desempenho das 500 maiores empresas listadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, Bolsa de Nova York (NYSE) e Nasdaq.

O objetivo desse marcador é retratar a situação da economia americana para os investidores, e isso é possível porque as empresas listadas no S&P 500 representam cerca de 80% do valor de todas as companhias listadas nas bolsas americanas.

Para que uma empresa entre para o S&P 500 ela precisa cumprir os seguintes requisitos, como:

  • Ter no mínimo 50% das suas ações sendo negociadas em uma das bolsas americanas;

  • Ter sede nos EUA;

  • Estar sendo negociada na bolsa de valores há pelo menos seis meses;

  • Possui valor de mercado a partir de 6,1 bilhão de dólares.

Quais empresas compõem o S&P 500?

As empresas que compõem o índice S&P 500 são oriundas de diferentes setores da economia, os principais são:

  • Consumo discricionário (produtos que não são de primeira necessidade);

  • Consumo cotidiano (bens de primeira necessidade);

  • Financeiro;

  • Industrial;

  • Energia;

  • Tecnologia.

Cada setor responde de uma forma a períodos inflacionários, sendo que alguns são mais afetados do que outros.

Empresas para investir quando a inflação está alta

As empresas pertencentes ao setor de consumo discricionário são as mais sensíveis à inflação, já que não produzem produtos essenciais, ou seja, que as pessoas precisam comprar, independente do preço.

Segundo Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway ($BRK.A) e um dos maiores investidores do mundo, as melhores ações que alguém pode comprar quando a inflação está alta são papéis de empresas muito conhecidas e que tenham conexão com o público.

"Uma marca é algo maravilhoso de se possuir durante a inflação”, aconselha o guru do mercado financeiro global.

Entre as empresas listadas no S&P 500, estão algumas donas de marcas muito antigas, famosas e que resistiram bem a diferentes momentos da economia, como a Coca-Cola ($KO), por exemplo, que também é uma das queridinhas do Warren Buffett.

As companhias do setor de consumo cotidiano, que produzem itens como produtos alimentícios, remédios e produtos de higiene costumam performar bem em períodos de inflação alta. Isso porque elas conseguem repassar os custos para o consumidor final e produzem itens de consumo não cíclico.

As empresas dos setores de energia, saúde e tecnologia também devem entrar no radar de quem quer investir no mercado americano, já que são setores fortes e que têm apresentado uma demanda crescente nos últimos anos.